quarta-feira, 10 de abril de 2019

Design: Art déco retorna aos automóveis no Salão de Genebra






Notadamente um dos traços estilísticos bastante comum nas últimas décadas da primeira metade do século XX, a art déco deixou os estúdios e as fachadas dos prédios e edificações das cidades para ganhar também as ruas. 

Bugatti 57 SC Atlantic 



Fabricantes como a Talbot, Delahaye, Duesenberg, Bugatti e Hispano Suiza, marcaram o design automotivo inspirados nesta escola de arte, que teve seu age nos 1920, que tinha como características linhas circulares ou retas estilizadas, como as vistas no famoso modelo H6C Dubonnet Xenia, da Hispano Suiza em 1938, ou nos roadster e outros esportivos da Delahaye.

Hispano Suiza H6C Dubonnet Xenia

Quase um século depois, a tendência art déco parece ter voltado. Ao menos em traços de alguns modelos exibidos durante a 89a edição do Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça, que aconteceu entre os dias 7 e 17 de março e que se tornou uma das mostras mais interessantes desta década, que teve crises no início como a que fez desaparecem marcas de peso como a Saab, Pontiac, Mercury, Oldsmobile, Hummer, entre outras ou falecer de vez nomes como Maybach e De Tomaso.


Bugatti La Voiture Noir, modelo único relembra linhas art decó

Saudosismos à parte, o certo é que a mostra suíça conseguiu reviver os anos de ouro do movimento artístico. Para comemorar o seus 110 anos, a sofisticadíssima marca franco-italiana Bugatti, apresentou o La Voiture Noir, que relembra o charmoso 57 SC Atlantic dos anos 1930, época que a fabricante despontava como a mais glamourosa marca automotiva, presente na garagem de magnatas, astros e estrelas da música e da época de ouro de Hollywood.

Diferentes das releituras automotivas do início dos anos 2000, esta nova leva saudosista tratou de modernizar as linhas mas carregando traços marcantes de modelos anteriores. No caso do bólido da Bugatti, a linha reta que dividia o 57 SC Atlantic se estendendo do capô até o pára-choque traseiro está também presente no La Voiture Noir. Porém no modelo clássico ela bipartia o pára-brisas traseiro, no caso da versão moderna ela serve como uma divisão dos respiros do capô traseiro.





Hiperesportivo franco-italiano tem motor W16 de 1.500 cv do Divo.

Sob o capô do hiperesportivo da Bugatti, um potente W16 de 8.0 litros descarrega nada menos que 1.500 cavalos de potência e 163,2 Kgm/f de torque.Este mesmo motor é utilizado por outra joia da coroa francesa, o Bugatti Divo.

Sem tantos holofotes, mas também com um ar carregado de art déco, outra marca bastante badalada da época das melindrosas e do jornal Fon Fon, a Hispano Suiza, marca que como o próprio nome suscita, é espanhola e de sangue quente, também apresentou seu bólido ornado com linhas da velha escola da fabricante criada pela família Suqué Mateu em 1904, e comprada pelo grupo francês Sáfran em 1920.





Hispano Suiza Carmen, linhas remete a modelos dos 1930 com motor 100% elétrico

Ao contrário do modelo franco-italiano,  o carro da marca franco-espanhola possui um motor totalmente elétrico e leva o nome da neta do criador da marca, Carmen Mateu. O bólido tem chassi confeccionado em fibra de carbono. O propulsor de 750  kW, aliado ao baixo peso da carroceria (1.690 Kg), também contribuiu para que, segundo a marca, o modelo alcance números na pista como aceleração de 0 a 100 Km/h em menos de três segundos. A velocidade é limitada eletronicamente aos 250 Km/h.






 Ares futurísticos continuam presente nos modelos quase um século depois

Mas tanta exclusividade também acaba pesando no bolso. Ambos terão poucas unidades produzidas e seus preços, mesmo na Europa são bem salgados. O modelo da Bugatti é um exemplar único, e seu preço extrapola todos os preços de um modelo novo da história automotiva: 11 milhões de Euros, o equivalente a R$ 47 milhões. Especula-se que o ex-CEO do Grupo Volkswagen, Ferdinand Piëch, comprou o modelo para sua coleção.




Portas asa-de-gaivota e interior luxuoso marcam o modelo da Hispano Suiza.

Um pouco mais democrático é o hiper elétrico da Hispano Suiza. Serão produzidas apenas 19 unidades do Carmen, a serem entregues a partir de 20 de junho do ano que vem, cada uma custando 'apenas' 1,5 milhão de Euros. As últimas unidades do modelo deverão chegar as garagens em 2021. Bom retorno para a marca há muito esquecida e que volta vestida à antiga mas com os pés já adentrando o futuro da indústria automotiva.     



sábado, 12 de maio de 2018

Sneakerhead: Vans e Michelin premiam jovens com tênis alusivos ao Maio Amarelo...






Quem curte skate conhece a Vans, famosa fabricante de calçados, roupas e acessórios de street e skate wear. Agora você deve estar se perguntando porque este texto vem falar de tênis, se o blog é automotivo? É que uma nova collab (coleção feita em conjunto) entre a Vans e a Michelin foi firmada, para desenvolverem 100 pares de tênis que servem como prêmio em um concurso para jovens que faz parte das ações alusivas ao movimento Maio Amarelo.

O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. Em 11 de maio de 2011, a ONU decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito. Com isso, o mês de maio se tornou referência mundial para balanço das ações que o mundo inteiro realiza.



Os famosos modelos Sk8 Hi e Old Scool foram ornados com o mascote Bibendum e as cores da logo da Michelin... 


Os pares de tênis com a temática da fabricante de pneus francesa, foram desenvolvidos para conscientizar os adolescentes sobre coisas como a pressão e o desgaste dos pneus. A linha inclui pares dos clássicos modelos Old School e Sk8-Hi, com a tradicional estampa xadrez, desta vez ornada com imagens do bibendum, o famoso mascote da Michelin, além das cores branca, azul e amarela, cores presentes na logo da marca.




“Eu penso no desgaste dos pneus, como as solas dos nosso sapatos usados pelas crianças. Porque se eles estão se desgastando muito rápido, não teremos sucesso ”, diz Steve Van Doren, herdeiro da Vans. “Estamos no mercado há 52 anos. A Michelin está nos negócios muito mais do que nós, mas o que temos em comum é que eles se preocupam com os adolescentes ”, complementa.




Gostou do resultado? Mas fique ligado, pois a única maneira de conseguir um par é participar do #StreetTreadContest. Os candidatos podem acessar pelo site internacional da Michelin. Boa sorte! 


sexta-feira, 11 de maio de 2018

SUV High-Society: Rolls-Royce revela seu primeiro utilitário esportivo, o Cullinan...






Em 2001, a Porsche em meio a uma baixa nas vendas e uma possível crise financeira, decidiu fazer algo que a Mercedes-Benz e Lamborghini já haviam feito décadas atrás, lançar um SUV de luxo com a tradição e esportividade que a marca de Stuttgart coloca em seus modelos. O Cayenne foi um divisor de águas entre os fãs da fabricante alemã, mas ao contrário dos modelos de SUVs luxuosos anteriores.

As linhas formam um belo conjunto que une modernidade e detalhes típicos da Rolls-Royce, como a dama alada spirit of ecstasy, sobre a grade do radiador. 


Sem sombra de dúvidas, o utilitário esportivo da Porsche tornou-se um sonho de consumo e fez a concorrência arregaçar as mangas e começar a desenvolver jipões high-society, desencadeando um novo filão no segmento de fabricantes de luxo e esportivos, tanto que até a tradicional Rolls-Royce, revelou nesta terça-feira, 9, o Cullinan, SUV de alto luxo para brigar pelo espaço deste nicho de mercado.




O design carrega as características dos novos modelos da marca britânica, a traseira apresenta um aspecto abaulado, na tampa do porta-malas...

Na esteira da Porsche, outras marcas que tinham tradições em modelos superesportivos, como a Maserati, Jaguar e novamente a Lamborghini, também apresentaram seus tanques na guerra dos SUVs, com os modelos Levante, F-Pace e Urus, respectivamente, até a Alfa Romeo tem um, o modelo Stelvio. A Bentley, outra marca tradicional, também entrou na roda com o controverso Bentayga, mas o único no momento capaz de alcançar em luxo e detalhes minuciosos o Cullinan.

Mas o que há de tão especial no SUV de vossa majestade? Duas décadas atrás a Rolls-Royce enfrentava uma crise financeira, suas ações foram negociadas e adquiridas pelo Grupo BMW, que até então tinha um acordo de motores com a marca britânica. Com a venda fechada, a co-irmã Bentley foi parar nas mãos de outro grupo alemão, na constelação de marcas pertencentes ao Grupo Volkswagen (além dela fazem parte deste conglomerado, a Audi, Skoda, Seat, Bugatti, Lamborghini, Porsche e, recentemente, a fabricante de motos esportivas Ducati). A linha Rolls-Royce foi renovada com o lançamento do Phantom, em 2001 e em seguida o modelo de entrada Ghost e o ousado coupé Wraith, que se deriva o conversível Dawn.



O Cullinan fez vários testes de resistência e temperatura antes de ser revelado...

Seus novos proprietários se empenharam em manter a tradição, luxo e inovação que a marca coloca em seus modelos desde o nascimento da marca pelas mãos de Charles Stewart Rolls e Frederick Henry Royce, em 1906. O Cullinan representa um novo passo da marca, que agora amplia seu mix adentrando o mercado dos Utilitários Esportivos de alto-luxo. E para fincar sua bandeira, o Cullinan consegue ser soberbo em todos os aspectos. Sob a bela e funcional carroceria, encontrasse a plataforma do Phantom, porém com chassi mais rígido em 30% por conta da sua vocação off-road.
Sob o capô, um motor 6.75 V12 biturbo, da própria Rolls-Royce, capaz de desencadear uma bruta cavalaria de 570 cavalos. A velocidade máxima é limitada a 250 Km/h

O câmbio é um ZF de oito velocidades e a tração é integral nas quatro rodas. Apesar e utilizar a plataforma do Phantom, o Cullinan é 42cm mais curto que o sedan. Mesmo assim ainda é enorme, com seus 5,34m de comprimento, 2,16m de largura e 1,83m de altura. quando a porta é acionada, a suspensão rebaixa 40mm para os passageiros adentrarem o brutamontes, e volta ao tamanho natural quando o carro está em movimento.




O luxuoso interior tem espaço de sobra para viagens e pequenos banquetes...

Por falar em tecnologia, volante e bancos aquecidos (estes últimos também podem ser ventilados), quem viaja atrás pode se considerar convidado de um coquetel de luxo, além de frigobar, há taças de champanhe e copos de uísque, além de bandejas para celebrar seja qual for o momento. O espaço para bagagem varia entre 600 e 1.930 litros (com os bancos rebatidos). A tecla Everywhere  button, ativa a versão off-road, e como o próprio nome suscita, deve levar seus proprietário a aventuras típicas de Nathan Drake, da série de videogames Uncharted, ou a Lara Croft, do famoso game  Tomb Raider (personagens aventureiros dos vídeos-games), e com a classe e o luxo absolutos que um Rolls-Royce pode oferecer. 





Ah, você quer saber o preço? Na Europa o Cullinan deve custar na faixa dos € 350 mil, sem incluir os itens da vasta lista de opcionais. O modelo inaugura a nova era dos SUVs de alto-luxo, a concorrente Mercedes-Benz, apresentou semanas atrás um conceito sob a marca Maybach, que mais se assimilaria a um sedan 4x4 com dimensões de utilitário, é esperar para ver.                                     

sábado, 18 de novembro de 2017

Minis Aju participa de encontro de veículos em Aracaju...





Há muito tempo que colecionar miniaturas de automóveis deixou de ser uma mania restrita as crianças. Hoje, a meninada bem crescida é quem mais absorve este nicho de mercado, quer seja pela tradição de brincar de carrinhos na infância, ou pela admiração dos sonhos de consumo de quatro rodas.




O clube de colecionadores Minis Aju também esteve presente na nona edição do encontro dos Super Carros Sergipe, evento que aconteceu neste sábado, 18, na praça de eventos da Orla de Atalaia em Aracaju, e os membros aproveitaram o evento para fazer negócios com minis nas blisters, papear e divulgar o trabalho do grupo.



Coleções expostas pelos participantes do Minis Aju

“Uma vez por mês o grupo se reúne para discutir novos eventos que fazemos com lojas de brinquedos da capital e tentar atrair novos membros. Nós temos uma página no facebook para postar coleções e divulgar nossos eventos e modelos, além de termos parcerias com algumas lojas para promover nossos encontros, para participar do Minis Aju tem que cumprir algumas regras, se essas regras forem infringidas, o membro deixa de participar das ações”, diz Henrique Lemos, organizador do Minis Aju.





Alguns modelos estiveram a venda no evento. 

Grande parte das coleções são da escala 1:64, sobretudo os modelos Hot Wheels da Mattel, mas Henrique garante que o tamanho dos modelos e da coleção não é um dos itens mais importantes para fazer parte do Minis Aju.”O forte do grupo são as miniaturas na escala 1:64, mas qualquer pessoa pode postar materiais de modelos em qualquer escala”, finaliza o organizador.



Henrique Lemos, o terceiro ao fundo, da esquerda para a direita , e outros membros do Minis Aju. 

Sejam grandes ou pequenas, as minis que os membros do grupo apresentam também fomentam a crescente onda da cultura automotiva em Sergipe, e isso fica visível a cada novo evento como os encontros de modelos em escala, sejam novos ou antigos, bem como nas reuniões do Minis Aju.     

    

Encontro reúne super carros e antigos em Aracaju...




Sol, mar e carrão. Parece ser assim em qualquer região do globo onde a combinação das duas primeiras palavras deste post se encontram. Quer seja pelas capitais litorâneas do Brasil, na extravagante Miami Beach ou no território monegasco da Côte d’azur, eles sempre estão lá, sobretudo os superesportivos e carros de luxo, que se aglomeram, ora apenas por exibição, ora pelo prazer proporcionado pela direção com a brisa do mar adentrando a cabine.




Público prestigiando as máquinas do evento.

Talvez por esta combinação, a Confraria dos Supercarros Sergipe tenha escolhido um dos cartões postais a beira-mar da capital sergipana, a praça de eventos da Orla de Atalaia,  para sediar seu nono evento, que aconteceu na tarde deste sábado, 18. O grupo nascido em 2011, já contabiliza 289 associados proprietário de veículos premium, luxuosos e superesportivos. “Estamos com um número grande de associados, e trabalhando para que este número cresça cada vez mais”, comenta Júnior Gomes, organizador  do Super Carros Sergipe.














Modelos alemães, japoneses, sul-coreanos e americanos fizeram a festa dos presentes. 



Para ser sócio cada membro passa por uma triagem para que possam fazer parte do grupo, não apenas sócios locais participam das reuniões do grupo, proprietários de máquinas de estados vizinhos também se somam a cada edição do encontro. ”Os novos membro surgem por indicações ou por espontaneidade, procurando os representantes do grupo. No evento de hoje, por exemplo, temos sete carros dos estados da Bahia e Alagoas”, finaliza Júnior.   




Lamborghini Hurácan, um dos chamarizes do evento.


Dentre as máquinas que estiveram enchendo os olhos dos visitantes estavam o imponente Lamborghini Hurácan, superesportivo de entrada da marca de Sant´Ágata Bolognese, além de modelos japoneses como Subaru e Mitsubishi e alemães das marcas  BMW, Mercedes-Benz, Porsche e Audi. Esta muito representada pelos novos TTs e dos Sportbacks A5 e A7. 







A chegada da Ferrari F-430 monopolizou os apreciadores, que seguiram o modelo para registrar sua passagem pelo evento. 


Se inicialmente o Hurácan chamou toda atenção do público na nona edição do evento, a chegada de uma representante da casa de Maranello a festa terminou monopolizando as atenções.Mesmo sendo um modelo com duas gerações passadas, a Ferrari F-430 carregou o público que se aboletava para registrar de alguma forma a chegada do modelo italiano, causando um certo frenesi entre os presentes. 









Modelos clássicos também participaram do evento.

Além dos super carros, modelos antigos do Clube Antigos do Farol, Afuse e Quadrados Sergipe também se juntaram ao evento automotivo e trouxeram suas máquinas de outrora para fazer bonito na Orla de Atalaia, mesmo com o calor batendo mais de 30 graus os fãs de automóveis não deixaram de comparecer a mais um evento muito bem sucedido pelos felizes proprietários destas verdadeiras máquinas de sonho.